quinta-feira, junho 29, 2006

A Frederico Garcia Lorca


EL CRIMEN FUE EN GRANADA: A FREDERICO GARCIA LORCA

1. El crimen

Se le vio, caminando entre fusiles
por una calle larga,
salir al campo frio,
aún con estrellas de la madrugada.
Mataron a Federico
cuando la luz asomaba.

El pelotón de verdugos
no osó mirarle la cara.
Todos cerraron los ojos;
rezaron:!ni Dios te salva!
Muerto cayó Federico
-sangre en la frente y plomo en las entrañas-
...Que fue en Granada el crimen
sabed -!pobre Granada!-, en su Granada.


2. El poeta y la muerte

Se le vio caminar solo con Ella,
sin miedo a su guadaña.
-Ya el sol en torre y torre, los martillos
en yunque - yunque de las fraguas.
Hablaba Federico,
requebrando a la muerte. Ella escuchaba.
"Porque ayer em mi verso, compañera,
sonaba el golpe de tus secas palmas,
y diste el hielo a mi cantar, y el filo
a mi tragedia de tu hoz de plata,
te cantaré la carne que no tienes,
los ojos que te faltan,
tus cabellos que el viento sacudia,
los rojos labios donde te besaban...
Hoy como ayer, gitana, muerte mia,
qué bien contigo e solas,
por estos aires de Granada, !mi Granada!"

3.

Se le vio caminar...
Labrad, amigos,
de piedra y sueño en el Alhambra,
un túmulo al poeta,
sobre una fuente donde llore el agua,
y eternamente diga:
el crimen fue en Granada,!en su Granada!


António Machado
Poeta Andaluz
Poesias Completa
Editorial Espasa Calpe
Coleccion Austral
2003

Posted Albergaria

quinta-feira, junho 22, 2006

Equilíbrio e Indisciplina





"Varinas", de Mário Eloy



Para os que gostam, uma outra maneira de passar o tempo: visitar a exposição: Equilíbrio e Indisciplina, um olhar sobre a pintura portuguesa nos anos 1930-1940, que se encontra na Galeria Diário de Notícias, de 2 de Junho a 8 de Julho

O objectivo desta exposição, que integra 47 obras da colecção do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, e que, por feliz opção, se realiza num átrio desenhado por Pardal Monteiro e decorado por Almada, é mostrar a relação que os murais de Almada estabelecem com as obras dos pintores do seu tempo.
Uma vintena de anos – entre 1930 e final de 1940 – é o espaço escolhido pelo comisário da exposição para para caracterizar esta relação. Espaço de tempo privilegiado que nos permite ter a percepção da pintura portuguesa, neste periodo, que evolui de um modernismo, assente em fórmulas de equilíbrio, estilização e norma estado-novista, para fórmulas inovadoras, que representando, a ruptura, abrem novos caminhos para a expressão artística

Alcino Pedrosa

quarta-feira, junho 21, 2006

Mais uma beleza p'rá vista

Vejam-me bem esta belissima quão magnifica imagem. Viajem, por favor, no esplendoroso portal do astrónomo e gozem, em cada dia, da beleza do cosmos que, com a tecnologia dos Hubble e primos da NASA e da ESA, nos é servido numa bandeja, para deleite da vista e da imaginação.

Albergaria

O futebol leva-nos tudo:a energia, a disponibilidade e criatividade

É um titulo bué de negativo, mas reflecte bem, creio eu, o ar dos tempos!

Veja-se os jornais d'hoje: só dá mesmo bola!

Isto explica a ausência dos meus manos bloguistas? A minha ausência não será só por esta mera circunstância, mas que me tem ajudado a preguiçar, lá isso é verdade.

Hoje apetece-me dar-vos noticias das nossas tertúlias:

1/O António Moreira anda com uma disposição e um estado d'alma que já há muito tempo não se deixavam ver;

2/O Rogério Rodrigues produziu um notabilissimo texto sobre Ética, num quadro de espiritualidade singular, mas que, se adaptado, poderia dar um "insert" no nosso Aqueduto;

3/O João Grego anda super feliz: tudo (que sei eu, para este absoluto TUDO...)lhe corre de feição e a maré vai alta;

4/O Alcino continua o seu processo criativo que visa um doutoramento d'excelência e que, brevemente, se concretizará;

5/O Vitor Bandarra vai de vento em proa com os seus projectos africanistas: em breve teremos noticias das "colónias".

Quanto a mim...estou bem muito obrigado e não me queixo, nem do fisico, nem da alma e, sobretudo, bendigo-me pela amizade com que os meus caros amigos me brindam, em cada terça-feira e nos outros dias todos!

Albergaria

segunda-feira, junho 05, 2006

Coisa rara e...possível de ver!



Esta imagem, em cor falsa, do planeta Júpiter regista a ocorrência de um eclipse triplo, um evento relativamente raro, mesmo para um planeta gigante com muitas luas.

A imagem, obtida pela câmara de infravermelhos do Telescópio Espacial Hubble, mostra as sombras dos satélites Ganimedes (à esquerda da imagem), Calisto (à direita) e Io (ao centro).

O próprio Io é visível como uma pequena mancha branca perto do centro da imagem, estando o azulado Ganimedes por cima, à sua direita. Calisto está demasiado à direita, fora do campo de visão da imagem.

Albergaria

quinta-feira, junho 01, 2006

rogrod

é só para vos avisar que consegui descobrir o caminho das pedras e, portanto, podem começar a contar comigo. entre minudências e frivolidades, prometo não falar mal do carrilho nem dizer bem dos poemas do alegre. Prometo também não vos incomodar muito com o meu camilo, nem fazer do iberismo uma arma de arremesso. Prometo, a propósito, não citar antero de quental. E tambén não abusar da sintaxe e pontuação de Saramago que eu sou admirador, mas não plagiador, do Gabi ( Rafael Márquez). gostaria era de vos comunicar que, na minha terra, a amêndoa está bonita e a cereja que se come nos restaurantes não é espanhola. e há restaurantes, como o Bruíço, em Fozcoa ( bruíço é um regionalismo que significa uma pedra mais ou menos bruta --longe vão as interpretações-- onde as mulheres, nos noites de inverno partiam a amêndoa), em que ainda se come uma salada de azedas, a acompanhar um cabritinho mamão. Trás-os-Montes, antes do regresso da secura, que não tarda, e da aridez, está bonito. Chamam-lhe por lá, o beatério e afins, o mês de Maria. O mês de Maio. Perdoe-se à Maria pela beleza do Maio. Acocorado no silêncio, vou respeitar a vossa leitura. Carpe diem e que mao tse tung não vos povoe os sonhos. RR