terça-feira, novembro 28, 2006
Hoje apeteceu-me!
"Canto as armas e o varão que nos primórdios veio das costas de Tróia para Itália e para as praias de Lavínio, fugitivo por força do destino, e muito padeceu na terra e no mar por violência dos deuses supernos, devido ao ressentimento da cruel Juno; muito também sofreu na guerra, até fundar uma cidade e introduzir os deuses no Lácio; daqui provêm a raça Latina, os antepassados albanos e as muralhas da grandiosa Roma."
E já está. Assim começa a aventura de Eneias, em debandada de Tróia, escapando aos ditames da Guerra e aos percalços da viagem...
No tempo do Imperador Octávio Augusto, um notabilissimo poeta, Virgilio, decide "construir" (ao modo futuro de Camões para a epopeia maritima de quinhentos)uma poema para narrar o nascimento de Roma, a imperial, a bela, a sumptuosa, a imensa e, depois, a decadente.
Os mitos fundadores são persistentes e, quando contados à maneira de Homero, vivem eternamente e permitem recordar, por milénios, a memória do heróis, dos pusilânimes, dos eruditos, dos poetas, dos filósofos, dos deuses e da galeria mitológica persitentes.
Hoje, num tempo voraz, veloz,onde se consome TUDO e tudo é descartável, que conforto e que apaziguamento encontrámos nestas imorredouras ´páginas de Virgilio: voltem em elas, às de Homero tambem e às de Cicero, e porque não às de Ovidio e ao sentencioso Horácio.
Não vos pareça pretensão descabelada esta diatribe literária, mas sabe tão bem voltar às fontes primordiais!
Albergaria
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