Há dias em que apetece
anoitecer mais cedo
por recear o brilho
dos olhos dos gatos.
Há dias em que não apetece morrer
de tão cansados da vida
que até nem importa viver.
Há dias sem um sorriso
apenas o mudo sinal da pedra
em que te recolhes
como gota de névoa
em manhã de montanha.
Há dias sem palavras contadas
com rosas de murmúrios
nos lábios feridos
com luzes e lumes
e fogos fátuos
aquecendo a nudez do teu corpo
na cama branca
dos silêncis mais antigos.
Há dias de vozes estranhas
envoltas no musgo do mal.
Mas há aquele sorriso que liberta
a criança presa no sótão da memória.
E então não há deuses nem palavras~
de soar longo
que nos prendam as mãos brtancas
e nos confundam os caminhos
que serenos não soubemos encontrar.
Pedro Castelhano
quinta-feira, janeiro 25, 2007
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