quinta-feira, dezembro 11, 2008

Recaida blogoesférica.

A verdade obriga-me a informar, que tive uma recaída blogoesférica.
A Maria do Sol foi a grande responsável desta minha enfermidade, mas não a única.
No entanto decidi mudar de plataforma, visual e nome: cada destas coisas tem a sua importância.
Aqui ficam, pois, as novas coordenadas:
NOME - Mainstreet
Endereço: weber.blogs.sapo.pt

José Albergaria

segunda-feira, setembro 29, 2008

THE END


Coisa, altamente, controversa e controvertida.
Mesmo para um materialista como eu, não me parece tarefa alcançável neste "petit" universo, que é a blogooesfera.
O meu "graal" na blogooesfera foi, sempre, a verdade e a ÉTICA.
Ultimamente, dei por mim a tropeçar na "mentira" e na "obscenidade" e na "imoralidade": para se obter ganhos factuais, argumentativos ou até de originalidade, vale derrubar a verdade, a ética e a sã convivência.
Posta-se o que calha, a pretexto de coisa nenhuma, para alcançar nenhures: doce vanglória,assassínios impúdicos, vale tudo...
Nada disto tem valor. Nada disto serve para o que quer que seja.
Tudo isto poderá, eventualmente, servir para diagnosticar a Pátria e, porventura, o mundo.
Agora só faltará mesmo é salvá-la e salvá-lo.
Eu não sou, nem desta Pátria, nem deste mundo.
Por mim: c'est assez, c'est fini!
The End.
José Albergaria
1/ A campanha desbragada em torno dos azulejos de Maria Keil; o abaixo-assinado que por ai anda anda correr e sobre o qual a lúcida senhora de 93 anos já veio denunciar, criticando os autores do mesmo - afirmando que já chegou faz muito tempo a acordo com a empresa Metro de Lisboa!
2/ Agora deu-se inicio a uma "tremenda" campanha a pretexto da "Pousada" a construir na Fortaleza de Peniche. Sobre tal tema não sei nada. Mas citam-me as palavras benévolas em relação ao empreendimento do Presidente comunista, da CDU, de Peniche! Não foram os comunistas, que MAIS militantes seus tiveram na Fortaleza de Peniche?!...Pergunto!
3/ Mais grave do que não preservar a memória é, mesmo, tentar reescrevê-la.
Em modo de remate:
Quem aprovou, na Câmara de Lisboa, o condomínio de luxo para o terreno onde está instalada a sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso? Que contrapartida fez o promotor imobiliário, para que se preserve a memória dos horrores que foram cometidos nessas instalações?
Neste "caso" da Fortaleza de Peniche: que projecto, em concreto? Que "deliberação" (se já ocorreu...) tomou a Câmara da CDU de Peniche sobre tal matéria?
Ele há historiadores...com cada metodologia...de aproximação aos factos, aos acontecimentos, sobretudo aos acontecimentais, que é de bradar a Santo Marc Bloch, a Santo Lucien Fevbre, a Santo Mattoso, a Santo F. Braudel e, porque não, a Santo Vidal Naquet!
Deus os guardem de tanto disparate!

segunda-feira, setembro 08, 2008

"Viver sempre também cansa..."


Creio eu que foi este poeta, nascido no Porto, José Gomes Ferreira, o autor desta boutade - à qual acrescentava outra:"recuso-me a ter mais de vinte anos". E fê-lo quando já caminhava a passos largos para os oitenta!

Quase em simetria com este mestre (hoje, um pedaço esquecido...) apetece-me soletrar: blogar sempre também cansa...e deve cansar os outros que passam os olhos pelos nossos postes, ou postas...nunca sei bem como dizer.

Preciso, como diz a minha amiga maria do sol, citando, no seu blog branco no branco, Greta Garbo: "Eu nunca disse quero estar só. Disse apenas quero que me deixem só."

E isto faz toda a diferença.
Dizer apenas: vou ali e já volto.
Às vezes precisamos de espaço e ar para podermos respirar.
A responsabilidade é minha. Ando a ficar exausto e rarefeito...
JA

sexta-feira, setembro 05, 2008

A senhor Laura Palin...em toda a sua magnificência...

Um excelente artigo, com informação substantiva e de qualidade, daquela que importa para o curso da história e para o adequado enquadramento dos personagens e dos grandes actores (nem que sejam putativos, como é o caso vertente...) sobre a senhora Sara Palin.

Aqui se reproduz, devidamente linkado, com a devida vénia e agradecimentos a Vítor Dias e ao Tempo das Cerejas.

JA

RTP2: no seu melhor.

"Titulo Original:«COMMUNISM - HISTORY OF AN ILLUSION»
As pessoas e os acontecimentos que mais ilustraram a ascensão de uma ideia revolucionária e a queda de um império

Uma fascinante série documental que começa na época de Lenin e acaba com Gorbachev. Ao longo de três episódios dá-se relevo às pessoas e aos acontecimentos que mais ilustraram a ascensão de uma ideia revolucionária e a queda de um império.Como é que é possível que esta ideia possa fascinar tanta gente, incluindo centenas de intelectuais? De que modo é que milhares de pessoas acabam com a repressão a indignidade e a opressão económica e mesmo assim continuam fiéis ao conceito de comunismo?Neste programa esta questão é posta a políticos e conceituados cientistas.Inclui ainda depoimentos de Sergei Khruschev, filho de Nikita Khrushchev, e de antigos elementos do KGB como Vladimir Kryuchkov. "


Nos pretéritos dias 2, 3 e 4 de Setembro, pela 23:30horas, a RTP2 passou um programa de grande rigor e qualidade sobre o Comunismo, a experiência soviética, mas não só. A lista de testemunhos revelaram-se de muita qualidade e as imagens...soberbas. O texto que encima esta minha entrada encontrei-o no site da RTP2 e como resumo apresentatório do dito programa.

Há tempos, a mesma RTP2 brindou-nos, a horas tardias, com um trabalho excelente sobre Fernando Nobre e a AMI, cujo trabalho meritório tem, hoje em dia, reconhecimento internacional.

Faz tempos, a mesma RTP2, repetiu uma séria, ROMA: notabílissima.

Temos, insofismavelmente, Televisão de serviço público: por mim, não tenho como duvidar.

JA

Hoje apetece-me falar de coisa nenhuma...

Afinal, aqui deixo dito que há uma exposição sobre Charlot em Lisboa, com fotos cedidas pela família.

O Presidente, Comissário deste certame é o erudito e cinéfilo Salvatto Menezes Teles, que há bocadinho, no Radio Clube Português disso falou e me deixou água na boca.

JA

quinta-feira, setembro 04, 2008

Festa do Avante

















Se pensam que vou falar da Festa do Avante, em bem ou em mal, desenganem-se.
Se pensam que é por distracção que aqui posto o logótipo da FA 2008 e estas quantas fotos desenganem-se.

Nada disso.

È mesmo, e só, para assinalar, que o meu varão mais novo, músico imberbe, mas compulsivo, decidiu ir, pela primeira vez, à Quinta da Atalaia, assistir aos concertos da FA e, por economia de escala, decidiu acampar os 3 dias na zona que os comunistas portugueses alocaram a esta função campista.

Isto significa duas coisas.

1/ Que o meu varão mais novo está a crescer e a autonomizar-se;

2/Que a FA continua a ter capacidade de atracção decorrente da sua programação.

Um e outro facto são motivos, para mim, de júbilo e de contentamento.

Aqui fica o registo.

JA

PS - As fotos foram fanadas no site do PCP, na parte dedicada à FA.
Na ordem, de cima para baixo: 1/Xaile (um dos projectos mais criativos e interessantes de MPP dos últimos tempos e no feminino);2/Os clássicos Xutos e Pontapés;3/Rogério Ribeiro (pintor, recentemente falecido);4/Camané;5/Ópera (que foi, em tempos, dos espectáculos mais populares e ligados, em Itália, por exemplo, à luta pela independência nacional);6/ Vieux Farka Touré, músicos do Mali.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Falar....porquê? Escrever...sobre o quê?


Ando a reflectir sobre as minhas "motivações" para a escrita na blogooesfera.
Ando a matutar sobre aquilo que me impele a escrever e a "postar" e ainda as razões que me leva a "escolher" este, em vez daqueloutro tema.

A escrita deve ser um acto lúdico e incorporar alguma eficiência, utilidade. É o que sempre considerei.

O prazer ainda não me vai faltando. Gosto de escrever e gosto de me publicar. A blogoesfera dá-nos essa possibilidade.

Já sobre a eficiência da "coisa"...vou tendo cada vez mais dúvidas e, claro está, menos certezas.
Sabemos que os homens "escrevem", dum modo utilitário, com compulsão lúdica ou sem razão aparente - faz mais de 30 séculos. As imagens que acompanham este poste são exemplares raros de escrita suméria e acádia, dita cuneiforme.
A tablete da direita é dos poucos exemplares que sobraram, descoberta na antiga Mesopotâmia, a terra entre dois rios, o Tigre e o Eufrates, naquilo que é, hoje, o Iraque e que narra as aventuras, durante o dilúvio, do herói Gilgamesh.É, ao conhecimento actual que temos, a primeira "narrativa" feita pelo homem: não se conhece nada antes desta data, 2 500 anos a.C.
Pois, já então os homens gostavam de escrever e faziam-no sem as preocupações "utilitárias" que hoje em dia encerra muito do acto da escrita.
Que importância tem a vida familiar da senhora governadora do Alaska?
Que impacte terá nas eleiçõs de Novembro de 2008, nos USA, o facto desta senhora ter uma filha, de dezassete anos, não casada, grávida de 5 meses e, na apresentação da senhora sua mãe, como candidata a vice de Mccain, levar ao colo (ou, melhor dito, em cima da barriga) um "suposto" irmão, pequenino, portador de deficiência?
E que importância terá TUDO quanto se escreveu sobre esse facto (e o que adiante ainda se escreverá...) na contenda entre Obama e Mccain? Não faço a mínima das ideias.
O que sei, e ouvi ontem, é que as mulheres republicanas, conservadoras, recatadas, confrontadas com estas revelações "aconselham", vivamente, a senhora Sara Palin a ficar em casa "para pôr ordem e arrumar aquela tribo". Não sei se foram estas as palavras da senhora entrevistada pela CBS...mas o sentido foi-o de certeza absoluta.
José Albergaria

terça-feira, setembro 02, 2008

Retornar...

Em tempos esta palavra teve conotações desagradáveis.
Na escrita dum antropólogo desconcertante, sinuoso, quanto brilhante e incontornável, Mircea Eliade, romeno, francês, americano e tendo estadiado em Portugal, escrevente de O Mito do Eterno Retorno: voltámos, sempre, de onde partimos.

O meu retorno à blogoesfera teve coisas normais, satisfatórias, triviais e outras coisas terminadas...em, mais do mesmo.

De assinalar, a inverdade bondosa do Barbeiro, que tinha anunciado retorno para 1 de Setembro, mas começou a postar a 31 de Agosto...e bem.

A interrupção das intermitências de verão do meu amigo João Tunes, sempre com a mesma qualidade e com uma concisão "postante" que eu saúdo.

A avalanche "postiante" dos Corta Fitas.

O RETORNO (aqui vai de maiúsculas...) do FNV em o Mar Salgado: ele há mesmo pessoas que nos fazem falta.

A maria do sol, em branco no branco, que continua lindo, como sempre, mas com uma escrita mais complexa, com mais temas e com mor atrevimento. Muito bom.

As eleições americanas...continuam a dominar nos blogues. Mas o que domina, neste momento, nos USA, a suplantar mesmo as hecatombes naturais (Gustav, Ana e cia...) é a filha da candidata de Mccain a vice presidente, Sara Palin, governadora do Alaska, hiper conservadora, com apenas 17 anos estar grávida de...

O senador Obama já veio dizer que a vida privada da governadora não faz parte da campanha eleitoral!

A intervenção militar da Federação Russa na Geórgia ainda "arrota" postes na blogooesfera.

Mas ele há um aspecto interessante, que me apetece recordar.

O historiador belga (dos mais importantes des Annales...), Henri Pirenne, autor de clássicos do medievo, escreveu uma história da Bélgica. Quando estava no terceiro volume, onde se tratava da contemporaneidade disse a Marc Bloch, seu amigo, companheiro de jornada cientifica e seu prócere: "Estou a sentir enormes dificuldades em lidar com este período. Está demasiado próximo de mim."

Michelet, o recuperado grande historiador da revolução francesa, e não só, dizia, que "para se escrever sobre o presente é preciso fugir dele, esquecê-lo."

Marc Bloch, esse, dizia que o presente é o passado que nos está mais próximo e, escrever sobre ele, deveria merecer-nos uma muito grande prudência e sabedoria.

Quantos escrevem sobre o presente?! e com que leveza o fazem?!... Bué deles.

E, então, aqueles que escrevem já sobre o futuro?!: um molho deles.

E é isto que domina a nossa blogooesfera...no meu retorno.

José Albergaria

sábado, agosto 23, 2008

Não é que precisem de saber, mas vou tirar uma semana sabática...







Para quê? Para me deliciar com muitos livros, alguma escrita para os meus alunos de património histórico e artístico e...muita praia, mar e bué da peixe!
Vou ali...e volto quando quiser. Topam?
JA

Ex-maoistas e os J.O. de Pequim


Os maoistas portugueses sonhavam com uma China imune ao capitalismo Hoje, vituperam-na porque, aderindo ao capitalismo, mantém o totalitarismo do partido único e o desprezo pelos Direitos do Homem, algo que para eles, maoistas portugueses, na altura não passava de pruridos burgueses.
Já a posição do PCP é também curiosa: detestavam a China porque a China detestava a Rússia. Hoje detestam a Rússia, mas fizeram as pazes com a China, não porque a praxis chinesa entrasse em consonância com as teorias do PCP, mas porque a China assenta numa pujança económica, invejável para quem se proclamava do ideário comunista. Haverá outras razões mais vulgares e circunstanciais, mas esse é o caminho que não quero percorrer.
Os Jogos Olímpicos são uma lição de hipocrisia, onde se batem recordes de ausência de ética, com a real politik com direito a muitas medalhas de ouro. Que querem? A política já é instrumento da economia e não o contrário.
Os ex-maoistas preferem hoje a economia à ideologia. Estão consonantes, não com o seu tempo de combate e esperança, mas com o seu tempo de importância social e indisfarçável bem estar económico. Tam´bém se cria barriga na alma.
E quem os pode condenar? Ninguém, a não ser eles próprios quando se miram ao espelho.
O João Carlos Espada perdeu a memória. Dirá que foi na estrada de Damasco. O José Manuel Fernandes sofre de amnésia. Dirá que foi devido ao olhar fulminante de Belmiro.
Ao menos oPacheco Pereira faz o seu exorcismo, intelectual perdido no seu próprio labirinto, tentando descobrir, qual Santo Agostinho, os caminhos do mal do maoismo e do seu caminho, coleccionando livros, revistas, programas e perfis, como borboletas secas no museu da história, elaborando, para tanto, um catálogo exaustivo e demorado das várias e algumas raras espécies de maoismo. Tem tempo e muita inquietação intelectual, se não, diria que esta descida às cavernas do embuste, tinha algo de mórbido.
Regressando aos Jogos Olímpicos: na Grécia representavam a expressão da cidadania, da polis; em Pequim, a expressão total do Estado. Aqueles eram o culto à liberdade; estes, o hino à economia.
Quando um povo não é livre, como é o caso do povo chinês, os seus Jogos Olímpicos não podem ser livres, ainda que aceites e participados por países livres e outros menos livres ou mesmo não livres, em nome de interesses que ultrapassam o princípio universal da Liberdade e o ideal olímpico do desporto, um momento e espaço de paz em tempo de guerra.
Rogério Rodrigues

Mulheres emigrantes

Mulheres férteis, como elas caminham pelos caminhos secos!
De pernas robustas e seios amplos, de mãos fortes, transportam pesos antes de anoitecer.
Falam que ninguém as entende. São de outro tempo. Mulheres férteis e parideiras, na quietude das montanhas. À noite, suadas, regressam a casa. Sem alegria, mas pedaços de carne aos gritos que o cansaço amortece.

Revoltas no tempo, continuam férteis, mas já usam óculos de sol, roupas justas e adivinham e provocam o prazer da sedução nas esplanadas. Já são outras, sendo as mesmas. Já carregam sacos plásticos de supermercado, à falta de outros pesos: a merenda para a segada, o cântaro para a água. Só as mãos continuam rudes e ásperas, mesmo quando cobertas de anéis. Anos a lavar escadas e roupa em urbes estranhas e longínquas. Femmes de ménage.
Mas são mulheres férteis, ainda que depiladas e com idas ao cabeleireiro. A terra já lhes e os áridos caminhos foram substituídos por áridas e negras estradas. Já não se lavam no rio, e já foram à praia.
Mulheres férteis do meu país, corpos espessos e pesados, no meu imaginário de criança.
'Ó virgens que passais ao sol poente/ pelas estradas ermas a cantar.'
António Nobre já não mora aqui.
Desenvoltas, as mulheres do meu país apreciam mais o Tony Carreira e Quim Barreiros e enternecem-se com os filhos a falar o francês dos pobres, aprendido nas periferias de Paris.
Melhor as férteis que as fúteis. E ei-las que partem reconciliadas com o passado porque já o esqueceram.
Rogério Rodrigues

Suplica ao Vento

Súplica ao Vento



Ao vento, no crepúsculo ao vento
os lugares mudam-se para outro lugar
rápidos sinais de que precisamos de partir.

Ao vento, roupa branca ao vento
quem nos dera regressar à nudez dos puros
com o corpo feito para a eternidade
incorruptível e belo.

Ao vento, grão a grão que se levanta o vento
lágrimas secas de quando anoitece.

Ao vento, sossega o vento que a noite é longa
e os restos do dia ainda não chegaram à praia.

Ao vento, que quer tempo a correr
mais depressa que o vento.

Ao vento, amores de passagem
como se passar não fora ficar.

Ao vento, a memória parada
como pedra triturada pelo vento
mármore de mão translúcida
frescura de afago sem aroma que o vento leva.

Ao vento, criaturas de deus oculto
de som sem eco e secura sem alívio.

Ao vento, nesta noite em que choramos
com o incêndio que alastra, abrasa
e queima e fulmina, ao vento implora:
pára, por favor pára que quero recolher as cinzas.

Pedro Castelhano

Em Agosto...."A Maria Silenciosa".


Roubei este titulo ao jornalista do Expresso, Filipe Santos Costa, que, num trabalho inteligente e criativo, faz um "calembour" notável com a Maria e a maioria...
Interroga-se o jornalista, e bem, como é que nenhum líder antes dela, Manuela Ferreira Leite, tenha pensado : "Um líder da oposição que não fala."
Castro Almeida, ex secretário de estado da educação de MFL, ao tempo em que ela foi ministra de Cavaco Silva para a educação, atribui-lhe, a ela, esta "pomposa, quanto eloquente" frase:
"Se uma pessoa tem duas orelhas e uma boca é porque deve ouvir o dobro do que fala."
Aí está a líder do maior partido da oposição, MFL, em linha com os nossos puritanos da blogoesfera que se surpreendem pela "excessiva produção" dos nossos bloguistas e por um excesso de falatório, ruídos e incompetências, violando a regra sagrada do silêncio sabático a praticar no mês "canicular", que é o Agosto.
Aprendam, pois, com MFL, que é competente, de boas famílias e senhora do seu nariz, com um ética incontornável e que se remete (vá-se lá saber porquê...), segundo membros da sua tribo partidária, a um estrondoso, inconsequente e ineficiente "silêncio".
José Albergaria

Em Agosto...postes mil 6.


"NADA FAZ REALÇAR MAIS A AUTORIDADE DO QUE O SILÊNCIO, ESPLENDOR DOS FORTES E REFÚGIO DOS FRACOS."
Charles De Gaulle, estadista e militar francês
JA

Em Agosto...postes mil 5.


"O SILÊNCIO É UM DOS ARGUMENTOS MAIS DIFÍCEIS DE REFUTAR."
Josh Billings, humorista americano
JA

Em Agosto...postes mil 4.


"O SILÊNCIO É O PARTIDO MAIS SEGURO DE QUEM CONFIA EM SI MESMO."
François de La Rochefoucauld, escritor francês
JA

Em Agosto...postes mil 3.


"É MELHOR TER A BOCA FECHADA E DEIXAR OS OUTROS PENSAREM QUE SOMOS TONTOS, DO QUE ABRIR A BOCA E ACABAR COM A DÚVIDA."
Mark Twain, escritor e jornalista americano
JA

Em Agosto...postes mil 2.


"O SILÊNCIO É A VIRTUDE DOS TOLOS".
Francis Bacon, filósofo inglês.
JA

Em Agosto...postes mil 1.


" O SILÊNCIO É UM AMIGO VERDADEIRO QUE NUNCA TRAI".
Confúcio, pensador chinês
JA

sexta-feira, agosto 22, 2008

Da superioridade moral...na blogoesfera.

Sendo novato na blogoesfera, sendo mesmo incompetente (ou com poucas competências...), NUNCA me interroguei sobre o por quê das coisas, ou porque é que as "pessoas" escrevem, postam pensamentos, desenhos, música, opiniões, dislates, vitupérios e, aqui e acolá, até insultos e ofensas.

Já escrevi sobre o que penso disto.

Escrevo, em bom rigor, primeiro em o MAPRIL e, agora, aqui, em o AQUEDUTO LIVRE vai já para quase três anos.

Isto não me dá nenhum tipo de estatuto, nem sequer qualquer tipo de autoridade ou singularidade. Escrevo porque me apetece, porque me dá prazer e, como dizia Lenine, tenho prazer em ver-me publicado.

Mas ele há internautas que se publicam em publicações académicas, em jornais, em revistas e, talvez por isso, a sua "compulsão" para o bloganço tenha outras motivações. Entendo isso.

Agora tentarem fazer teoria, ideologia, até regras para o espaço libérrimo da blogooesfera...vai um passo de gigante.

A mim sempre me incomodaram os moralistas, os puritanos...então, esses, abomino-os! E logo que topo um certo auto convencimento misturado com uma espécie de "superioridade moral"...aí fico mesmo em brasa.

Na blogooesfera, como em tudo na vida, cada um come do que pode e como pode.

Se deixou de gostar...só me parece haver um caminho: mudar de restaurante!

Depois...tiques elitistas! passo-me dos carretos.

Porque não se fala disto? Porque não se enfoca desta maneira?Porque é que a blogoesfera é do povo e não dos ungidos?Porque é que os "indigentes" intelectuais também têm blogues e "arrotam" postas, ou postes, de pescada?

Eu, meus caros superiores e moralistas, escrevo porque me apetece, quando me apetece, comento, aqui e acolá (cada vez menos...porque me tenho sentido "não bem vindo!").

A DEMOCRACIA é mesmo o PODER do Povo, de TODOS...e não só de alguns. A blogoesfera coloca-nos nesse território da UTOPIA.

Ele há quem não tenha percebido tal coisa!

É pena!

Eu, por mim, nesta questão, estarei SEMPRE ao lado do POVO!

José Albergaria

Verdade, mentira e truques no desporto olímpico...


Segundo noticia o periódico El pais, o Comité Olímpico Internacional instou a Federação Internacional de Ginástica para averiguar a "verdadeira" idade das ginastas chinesas que se encontram na foto e que foram medalhadas em Beijing.
Apareceram discrepâncias em público quanto à verdadeira idade das ditas ginastas.
As normas olímpicas exigem que as ginastas perfaçam 16 anos durante o ano olímpico.
Sobre esta situação terão sido veiculadas informações sobre as ditas ginastas apontando para uma realidade etária diversa: há quem sustente que terão menos de 14 anos.
O COI e a Federação Internacional de Ginástica estão a averiguar.
Até prova cabal e em contrário, as ginastas e a Federação Chinesa de Ginástica presumem-se inocentes...
JA

quinta-feira, agosto 21, 2008

Nelson Evora: da Costa do "Marfim" para o "Ouro" em Beijing!

Que seja d'ouro.
Nelson Évora será sempre campeão.
Este atleta é feito daquela massa e nervo com que se fazem os campeões.
Parabéns.
JA

NB - Sem querer puxar a costela clubística...o Benfica já leva, esta ano, duas medalhas olímpicas.

O Património histórico e artístico: o saque e o vandalismo.


Desde as campanhas napoléonicas ao norte da Europa, à Itália, à Mesopotâmia, ao Egipto, passando pelas campanhas hitlerianas na segunda guerra mundial e, recentemente, a invasão do Iraque pela coligação USA/UK que a questão do "direito" de saque sobre o património artístico dos países ocupados e dos povos dominados se coloca na "ordem do dia".
Mas nunca como durante a revolução francesa e sob o directório esta questão foi tão debatida. Os "revolucionários" argumentava que a República era o "sétimo céu" a excelência dos regimes, e Paris a "nova Atenas" para onde deviam "viajar" todos, ou os que se acha por bem, os exemplares do génio antigo , do renascimento e já algum produzido pelas Luzes (então ao trabalho).
Uma voz, em França (Schiller também; e Goethe de igual modo), uma única e sonorosa voz se levantou contra essa "gula": Quatremére de Quincy. Este realista, sempre a ponto de ser guilhotinado, em pleno terror, ousou questionar o que políticos, militares e vultos da cultura defendiam então: trazer o que de belo foi feito para o Museu Universal (hoje. Louvre).
A discussão foi deveras sinuosa e complexa. Mas o que a história reteve é que a França (os seus políticos e militares) saquearam os Paises Baixos(sobretudo a Bélgica e trouxeram para Paris quase tudo os que os flamengos produziram), saquearam o Egipto, a Mesopotâmia, a Grécia e a Itália (particularmente, Roma).
Quatremére de Quincy, em sete cartas dirigidas ao seu amigo e classicista Miranda, um hispânico de alta erudição sustenta a sua indignação e as suas teses, particularmente no que diz respeito ao saque feito na Itália.
Na primeira carta cita, profusamente, Polibio, o historiador romano, que zurze nos seus contemporâneos e o fez do modo seguinte, e cito: "Se os romanos, no seu sistema de conquista das nações, só lhes tivessem subtraído o ouro e a prata, eles não seriam criticáveis; porque, para controlar esses povos era preciso retirar-lhes os meus de resistirem. Mas para todas as outras coisas, seria mais glorioso deixar-lhes onde elas estavam, mesmo com o desejo que elas provocavam, e colocar a nossa pátria, não na abundância e na beleza desses quadros e estátuas, mas na severidade dos costumes e na nobreza dos sentimentos. De resto, desejo que os conquistadores futuros aprendam com estas reflexões a não esvaziarem as cidades que eles submeterão e a não utilizarem as calamidades cometidas sobre os outros como ornamento da sua pátria." Este pedaço de prosa é retirado, ou foi retirado, da História da República Romana, livro IX de Políbio.
Este é o programa que Quatremére de Quincy vai desenvolver para fustigar os saqueadores de século XIX, os seus contemporâneos e os seus compatriotas.
Vale a pena ler esta sete cartas, que pode bem ser um Manifesto para a preservação, a defesa e qualificação não só do Património das Nações, mas daquele outro que HOJE é considerado MUNDIAL, pertença da Humanidade. Devemos isso, em meu bom entender, a este enorme francês, realista, reaccionário como se diz ainda, mas com uma visão de progresso e de futuro que poucos, à época defenderam...com risco da própria vida.
Leiam estas cartas`a Miranda escritas (mas sem nunca terem "obtido" resposta: é um mistério bem guardado...), porque ler faz bem à saúde e torna-nos melhores, como pessoas e como cidadãos.
José Albergaria

Neste mundo tão cinzento e perturbador...uma BOA noticia.


O diário de referência El Pais noticia que a Unesco e a Fundação Aga Khan vão patrocinar o inicio dos trabalhos, com especialistas de vários países, para a construção de um Museu subaquático no porto este de Alexandria, a norte do Cairo, de modo a desenharem o projecto financeiro e o projecto técnico - para se poder visitar os objectos, embarcações, estátuas, etc, depositados no fundo do mar - sem necessitarmos de os deslocarmos para a superfície. É um projecto revolucionário que recoloca a discussão sobre a importância de não "arrancar" ao seu habitat as peças históricas que contam a aventura humana: a boa, a positiva e a predadora.
Neste Agosto nem só de "más" ou inquinadas noticias vivemos nós.
JA

terça-feira, agosto 19, 2008

Perspectivas da Guerra Civil.


Ando de volta dum livro interessante quanto perturbador.
Já, praticamente, toda a gente escreveu sobre ele: Mário Vargas Llosa, Rui Bebiano, João Barrento....e etc.
Mas, ainda assim, arrisco-me a postar o meu comentário de leitura deste livro com um titulo fortemente ambíguo
Hanz Magnus Enzensberger é alemão, é poeta, é velho e escreveu um livro impressivo sobre a devastadora guerra molecular, civil (só porque não é praticada por militares...) que, coincidindo com a implosão do império soviético -adquiriu expressões e libertou energias inauditas, devastadoras, praticadas por perdedores (qualquer tipo que possamos ou queiramos imaginar: apoiantes dum clube de futebol, tribo, grupo, etnia, militantes partidários, grupos com preferências sexuais...)e em qualquer território ou geografia física, cultural, religiosa e humana e sem precisarem de ideologias ou de justificações....
Retiro do livro uma passagem que vale um tratado:
"Outra tentativa de explicação, a mais deprimente de todas, tem a ver com o crescimento desmedido da população mundial. Já em 1950, Hannah Arendt tinha avançado a ideia de que a a facilidade com que os regimes totalitários haviam conseguido impor a sua lógica assassina estaria relacionada com este rápido crescimento e consequente perda de território e pátria por parte das massas que, em termos de categorias utilitárias, se tornam de facto «supérfluas». É como se o valor atribuído à vida humana, própria e alheia, decaísse à medida que aumenta o número de habitantes da Terra.
Não é fácil compreender esta ideia. No entanto, não são necessários dados estatísticos referentes à migração e aos refugiados, para ver como o planeta se tornou pequeno. É algo que está diante dos nossos olhos, todos os dias. A permanente visão dos desempregados, dos sem-abrigo, da decadência das megalópoles, dos navios e campos de refugiados a abarrotar vêm mostrar ao inconsciente que já somos demasiados, e a reacção cega a este facto é psicótica - começamos a matar indiscriminadamente os que nos rodeiam."
Veja-se a "guerra" travada na Geórgia, compagine-se as declarações dos responsáveis russos e georgianos e percebe-se o alcance deste pedaço dum livro que foi escrito em 1993 e, em minha opinião, não perdeu qualquer tipo de consistência de análise e de actualidade.
A ler: imperdível.
JA

segunda-feira, agosto 18, 2008

Que seja de Prata: Vanessa Fernandes será sempre campeã!

É desta massa e desta fibra que se fazem campeões.

Vanessa Fernandes devia, obrigatoriamente, ser "estudada" por todos quantos têm responsabilidades no desporto luso.

Para quê?

Para perceberem como se trabalha (veja-se a dupla espantosa que faz com o pai, o "velho" Venceslau Fernandes...): como com ciência e disciplina aplicados ao talento que é Vanessa Fernandes...dá sempre RESULTADOS!

Antes dela tivemos a Rosa Mota, o Carlos Lopes e o fenómeno Fernando Mamede.

Aqui bem perto temos a Espanha que explodiu em termos desportivos...e de resultados. Como?

Porque é que o nosso inefável e mefistófilo secretario de estado do desporto não vai estagiar com o seu homólogo, para nos trazer a resposta?!...

JA

domingo, agosto 17, 2008

A cerâmica chinesa: o sistema económico, os direitos dos trabalhadores...o paraíso!






















A RTP2, hoje, em horário nobre, passou uma reportagem, a vários títulos, eloquente e interessante.

Um produtor francês de Armagnac, da Borgonha e de vinhos franceses entrou no mercado chinês faz quase quinze anos.

Exportava o seu Armagnac e o seus vinhos para o imenso mercado chinês, mas não podia trazer as mais-valias financeiras realizadas para França.
Dedicou-se então a comprar, a importar para França, móveis antigos, rusticos, que decoravam e ocupavam pequenas casas de pequeno-burgueses fustigados pela revolução cultural (uns mortos; outros expatriados) - cujas casas foram abandonadas. Umas foram ocupadas por empréstimo. Outras foram mesmo "apossadas" em definitivo.

Estes móveis tradicionais, lacados, decorados com desenhos notáveis, estão a ser "comprados" e retirados das casas modestas, de bairros tradicionais das grandes urbes (a desaparecerem) e restaurados por uma pequena empresa chinesa, cujos 20 marceneiros especializadíssimos não têm mãos a medir: o mercado francês "engole" toda a produção.

Outro momento ímpar da reportagem: uma visita do nosso "franciú" a uma empresa de cerâmica tradicional. Começa por nos dizer que a visita é excepcional, porque os modelos que ali se fazem são monopólio dos clientes e não podem ser mostrados na fase de fabrico; as técnicas tradicionais aí utilizadas (a moldagem; o banho no caulino - o que lhe dá aquela brancura singular depois da cozedura; e os desenhos...) são guardados como segredos de estado. Os trabalhadores trabalham das 8,00h da manhã até às 22,00h. Têm duas horas para almoço e duas para jantar. Qualquer das refeições é por conta do patrão. Tem bilhar e televisão para se divertirem. Descansam ao domingo e acumulam, por cada mês de trabalho, dois dias de férias. Dormem em camaratas de vinte trabalhadores (homens e mulheres apartados; não há casais). Ganham o equivalente a 150,00€ por mês. Cada peça de cerâmica vende-se no mercado dos USA e na Europa a quarenta vezes o preço a que ela sai da fábrica!
O "patrão" chinês diz que não á ambicioso, mas que sonha com acrescentar NOVOS desenhos e padrões à sua cerâmica. Diz que o mercado é que manda. Neste momento tem 300 trabalhadores e expecta, no final do ano (pressão do mercado exige...) ter cerca de 2 000 concentrados no complexo fabril...que recorda o século XVIII e XIX europeus!...

O nosso "franciú" à medida que a câmara nos vai mostrando isto tudo, as condições de trabalho e vida dos trabalhadores - tem um comentário espantoso: "Em França já tivemos estas condições. Agora já não. Os chineses também deixarão de ter estas condições..." Quando? E a China não é comunista? Não são os trabalhadores que estão no poder? Não é a ditadura do proletariado?

Reportagem imperdível. Sugestão: deveria ser passada, também, na "escola de quadros" do PCP e discutida pelos "camaradas" Ruben de Carvalho e Vítor Dias, que, por estes dias, têm louvaminhado os sucessos e o bem fazer dos chineses e da China!

José Albergaria

Rafa d'ouro!

Numa final olímpica, quase sem história, o "menino" de Palma de Maiorca, levou o OURO para casa, consagrando-se , de facto e sem sombra de contestação - como o MELHOR do Mundo!

O chileno Gonzalez, o terramoto, ainda se bateu, bravamente, no segundo set. Mas, no "tie break", não teve argumentos para um super-confiante Rafael Nadal.

O terceiro set foi quase um "passeio" para o espanhol. Em três set's e o OURO estava no colo de Rafael Nadal.

Os heróis e os campeões fazem-se desta "massa", de muito trabalho, bastante sacrifício e de talento natural.

JA

Para Portugal, em Beijing, já cá cantam oito medalhas de ouro!


Portugal anda cabisbaixo, sorumbático, derreado, exausto. Porquê? Ora, pois, bem, talvez, pode ser...pelos resultados dos nossos atletas olímpicos: um desastre e, ainda por cima, com explicações esfarrapadas, inatendíveis, obscenas mesmo.
Mas, desenganem-se, meus bons leitores. Estamos a viver uma espécie de erro de paralaxe!
Pelas minhas contas, contando só com as medalhas obtidas pelo "portuguesissimo" Michael Phelps - já cá cantam oito e de "gold". Não acreditam? Então eu conto.
As razões, dizem os entendidos, para as performances desta "aberração" da natureza são duas.
Uma, menor, as características da piscina que os chineses inventaram; a segunda, a decisiva, a mais importante, o fato, os famosissimos LZR da Speedo, patenteados em Portugal e feitos, por medida, na fábrica de Paços de Ferreira, a PETRATEX!
Este feito resulta duma parceria da Speedo, NASA e o Instituto Australiano do Desporto. Estes fatos não têm costuras e procuram ganhos biomecânicos significativos ao desempenho dos nadadores.
Julgavam que eram mangação?!
Desenganem-se.
Por via dos LZR da Speedo, fabricados na capital do móvel, Portugal, por industria intreposta - já cá cantam oito medalhas de ouro!
JA

"A bomba chinesa"


Em tudo quanto é jornal, revista, blog, televisão, rádio, agência noticiosa, a cavalo nos Jogos Olímpicos de Beijing, tal qual enxurrada, os números publicados sobre a China são esmagadores.
Neste momento, os atletas chineses somam mais medalhas de ouro que os seus seguidores dos USA; o império do sol nascente tem o maior número de internautas: 253 milhões; em 2009 a China vai ultrapassar a liderança centenária dos USA na produção de bens manufacturados.
Estes números e outros correlatos poderiam insinuar que a China se encontra numa via imparável e incontestada.
Nada mais enganador.
Precisamos de olhar para o que, em principio, é a força estratégica deste império: a demografia.
Cerca de 100 milhões de chineses tem , hoje, mais de 6o anos; em 2050 terá cerca de 335 milhões. Destes, 100 milhões terão mais de 80 anos. A maioria esmagadora dos chineses, se não a sua totalidade...não tem segurança social. Estamos a falar de centenas de milhões de pessoas: a demografia é, e será, a bomba ao retardador e invisível na China!


JA

PS - A foto de nus é da autoria do célebre fotógrafo Spencer Tunick.

sábado, agosto 16, 2008

"A thing of beauty is a joy forever"











Na morte do neto do fundador da marca italiana "PININFARINA", Andrea Pininfarina, o embaixador José Cutileiro num rasgo, que lhe é habitual recorda o poeta inglês Jonhn Keats, para legendar a obra desta dinastia italiana, já na terceira geração de criadores excepcionais: "Uma coisa bela dá alegria para sempre".

Em 1930, o avô de Andrea, Battista Farina, mas de alcunha "Pinin" decide, além do mais, assimilar o alcunha ao nome de família e os seus descendentes serão os PININFARINA's.

A Itália, com uma classe politica pouco fiável, com umas forças armadas inconsequentes, mal armadas e pior dirigidas, tem encontrado nas suas "MARCAS", made in Italy o anverso daquelas realidades.

O rol de marcas mundiais (Fiat, Ferrari, Maserati, Alfa Romeo, Benneton, Gucci, etc., etc., etc.), roupas, calçado, vinhos, azeite, pastas, vinagres, designer, arquitectura, hoje menos, mas ainda assim, literatura, música, cinema, teatro (Picolo Teatro da Milano, por exemplo) colocam a Itália no topo do mundo.

O infausto acidente que vitimou Andrea Pininfarina, no passado dia 7 de Agosto, pelas oito horas da manhã, nos arredores de Turim trouxe para a ribalta noticiosa esta realidade.

Mas que fique, como legenda e epifania, os versos de John Keats para o último grande representante da dinastia italiana dos Pininfarina: "A thing of beauty is a joy forever".


JA