"Sou amigo de Platão, mas amo a verdade!" Aristóteles.
"Só sei que nada sei." Sócrates
"Eu, nem isso sei." Pirro de Eleia
POETA MAIOR
A António Machado, poeta, maçon, sevilhano, andaluz, 26 de Julho de 1875, Sevilha a 22 de Fevereiro de 1939, Collioune/França.
Poeta, irmão
A tua terra,
Feita de mar,
Cerzida de verdes,
Paleta d’ocres,
Bordada a branco,
Pontilhada de negro,
Desenhou-te!
Impressiva, marcou teu “poemar”!
Pela campina,
Andaluza,
Ruminam toiros pelos pastos,
Para,
Soberbos, telúricos,
Estrelarem,
Quais actores circenses,
Em tardes,
Humanas,
D’heroísmo gratuito!
A tua poesia,
Luzeira,
Préclara,
Solar,
Semelha uma tarde d’Estio!
António,
Viveste o sonho republicano.
Partiste, destroçado,
À deriva,
Pelos trilhos funestos
Do amargo exílio.
Carregando a dor,
No colo de tua mãe,
Sucumbiste
De tristeza e saudade,
Nos caminhos parados
De “Collioune” a francesa.
António, meu irmão,
A tua memória atravessa
O arco-Íris da Espanha
Toda!
A tua poesia, poeta, essa
Vive no coração da humanidade
Toda!
António Machado,
Em teu louvor,
Seja esse o meu fado,
Eu, caminheiro audaz e sem pudor,
Hei-de reverdecer os antigos trilhos,
Caminhando,
Incipiente e inseguro,
Em silêncio, pela tua poesia
Toda!
Agosto 2006
José Albergaria
segunda-feira, março 31, 2008
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