sexta-feira, agosto 15, 2008

Da teoria da "relatividade" das coisas, das culturas, das tradições, dos sistemas, das civilizações.

Sente-se, nos últimos dias , perante o "massacre" televisivo em torno das várias provas, eventos, noticias, incidentes dos e nos XIX Jogos Olímpicos, em Beijing um "afrouxar" nas criticas ao sistema, ao governo e à organização política praticada sob o controlo do Partido Comunista na China.

Isto deve ser levado a crédito dos organizadores do evento, que, com mérito, têm conseguido amaciar a opinião pública e ainda a publicada (veja-se o que ocorre na nossa blogoesfera), tanto em Portugal como no mundo.

Ele há mesmo postes que pretendem "relativizar" as coisas. Citam-se iniciativas de cidadãos chineses "não controladas" pelos comunistas no poder; associações de artesãos, reunidos em cooperativas; declarações de artistas que "fogem", "desviam" das normas marxistas...

Ele há mesmo quem, citando artigos de terceiros nos forneça informações sobre a economia chinesa e o seu comportamento "relativo" à dos USA. Ele há mesmo quem invoque o direito à diferença! Outros falam-nos da cultura multisecular dos chineses e blá, blá, blá, blá!...

Como é Agosto e o Verão nos convoca à preguiça, não vou nomear ninguém, nem nenhum blog, por que não me apetece entrar em polémica...só por isso.

Mas deixo-vos aqui um link, artesanal, porque ainda não aprendi a encriptar, que diz, preto no branco, em qualquer civilização, em qualquer país, em qualquer sistema político se deve praticar os direitos humanos e que são UNIVERSAIS, não podendo ser condicionados por nenhuns outros valores/direitos: culturais, tradicionais, religiosos, ideológicos e/ou mesmo civilizacionais.

http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh/tidhuniversais/cidh-dudh.html

Leiam, ou releiam, esta Carta Universal dos Direitos Humanos, aprovada à saída da segunda guerra mundial pela Assembleia Geral das Nações Unidas e perceber-se-á o meu ponto de vista.

Quando se trata destes direitos, dos HUMANOS, não há lugar para a RELATIVIZAÇÃO! Não se pode MATAR em nome do ESTADO; não se pode prender sem culpa formada e sem a possibilidade de defesa; não se pode ser preso por delito de opinião; não se pode impedir o exercício do direito de associação; a Liberdade e as Liberdades devem estar inscritas em qualquer Constituição e de qualquer país: politica, religiosa, cultural, sindical. O direito à revolta e à manifestação são, estes também, UNIVERSAIS!

Onde é que os "relativistas" encontram justificação para os comunistas chineses violarem. constantemente, estes direitos fundamentais e humanos?

Em lado nenhum!

José Albergaria

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