segunda-feira, maio 26, 2008

Ainda Ossip E. Mandelstam

Hoje, mais que nunca, é ensurdecedor o que o "Bruit des Temps" provoca.

O judeu Mandelstam, "assassinado" por Staline num GOULAG qualquer, quase esquecido, deveria voltar a ser lido, relido, treslido, mesmo! E porquê? Eu ajudo:

"Siècle mien, ô mienne bête, qui saura
Fixer le fond de tes prunelles?
Qui de son sang recollera
Des deux siécles les vertèbres?"

Da sua prefaciadora em francês, Nikita Struve, do Le Bruit des Temps, roubo e traduzo:

"A prosa de Mandelstam é como que uma chuva de grãos que devem germinar no espirito criador do leitor.
Aprendamos com Mandelstam a arte dificil de escutar o ruido do tempo."

Neste tempo cadaveroso de desastres naturais, de fomes, de pandemias, de guerras inomináveis, de assalto à mão armada nos hidrocarburos e nos combústiveis deles derivados é bom escutar Mandelstam!

JA

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