Nestes tempos conturbados em que a Irlanda e os irlandeses, os que votaram, os que se abstiveram, os que votaram NÃO e os que votaram SIM - no referendum ao Tratado de Lisboa, têm andado nas bocas do mundo ocidental e europeu por "más" razões ou expúrias questões, esqueci-me do Bloomsday.
Em viagem por um dos meus blogues preferidos, o de Pierre Assouline, jornalista do Le Monde e critico literário, "roubei-lhe" a referência à efeméride.
O herói do Ulisses de Joyce tem o patronímio Bloom e, num dia bem contado, faz a sua "viagem", ao modo homérico, na Dublin de James Joyce. É de tal modo bemquisto, tanto a obra como o personagem que, a data da sua viagem, o 16 de Junho é comemorado, em Dublin, em toda a Irlanda e nomeado de Bloomsday, em honra e louvor do herói joyciano.
Adrede a este facto a singularidade de, na história inglesa haver um dia, o Bloodsday, dia sangrento ou, como ficou registado, "o dia do juízo final" e que, dito, um e outro,este e aquele, têm sonoridades que semelham e que se confundem...
Como diz George Steiner, é pela cultura que a Europa pode e será viável.Em nome dessa cultura, quase universal, aqui fica, um pedaço fora do tempo da efeméride, o meu preito de menagem a James Joyce e á Irlanda.
JA
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