quarta-feira, abril 23, 2008

Quando não fazemos os trabalhos de casa...espalhamo-nos ao comprido. Ainda a carta de Rosa Coutinho.

Eu meti água, aqui, no Aqueduto.

O Água Lisa 6 também.

O sizudo e científico O Tempo das Cerejas, deixou-se arrastar pela imprecisão.

E, o que, de nós todos, se torna mais gravoso é o Ferreira Fernandes, angolano, creio eu que teve responsabilidades governamentais em Angola... no DN e no Sorumbático.

Pois:

O Vice Almirante Rosa Coutinho NUNCA foi Alto Comissário em Angola.

E sabem, todos, porquê? Porque o cargo só foi criado depois dos Acordos do Alvor, assinados em 15 de Janeiro de 1975, entre Portugal, a FNLA, a UNITA e o MPLA.

Foi então que se acordou, entre outras coisas que, para o Governo de Transição, até à Independência, marcada para 11 de Novembro de 1975, se criava o cargo de Alto Comissário em representação de Portugal e para o qual foi nomeado o general da Força Aérea Silva Cardoso. O último Alto Comissário, que abandonou Luanda a 11 de Novembro de 1975 foi o Vice Almirante...Leonel Cardoso.

O Vice Almirante Rosa Coutinho foi, de facto, Presidente da Junta Governatia de Angola de Julho de 1974 até aos Acordos de Alvor, que foram assinados , como já se disse, em 15 de Janeiro de 1975.

Sugestão:
Leia-se a cuidada, quanto rigorosa, obra de José Medeiros Ferreira, que integra o Oitavo Volume da História de Portugal, dirigida por José Mattoso e publicada pelo Circulo dos Leitores.

Está lá quase tudo sobre este período, que ajuda a perceber ainda melhor - a perfídia e a "incompetência" de quem forjou a "carta", não do Alto Comissário (cargo inexistente á época), mas saída, supostamente, do Palácio do Presidente da Junta Governativa.

JA

Sem comentários: