segunda-feira, abril 21, 2008

A ética jornalística existe?

António Barreto, a 13 de Abril, no Público, foi notícia, na blogoesfera e no DN, por más razões: o ter dado eco a uma carta "assinada" pelo Vice Almirante Rosa Coutinho, ao tempo em que era Alto Comissário em Angola, falsa, fabricada em 1975 , divulgada a partir de Joanesburgo .

O autor do "embuste" já se denunciou, faz tempo. É por isto, que, o jornalista do DN, Ferreira Fernandes escreveu, e cito: (...) "é falsa...porque sim."

Em carta enviada ao Provedor do Leitor do jornal em questão, um jornalista português, mas que tem nacionalidade angolana, Artur Queirós, já denunciou o embuste e pediu, ao Director do Jornal e ao publicista em questão, para se retratatrem, cada um a seu modo, correspondendo ao seu grau de responsabilidade...no "incidente".

Até agora, nada aconteceu. Nem um, nem o outro, entenderam que o deviam fazer: estarão a gerir o tempo? A ética dos jornalistas, e das pessoas de bem, aconselharia que tivesse sido já este domingo, mas esperemos - para ver!...

Em contraponto, aprecie-se a tomada de posição do Director de O Expresso, o jornalista Henrique Monteiro, sobre a notícia dada no Expresso Digital, sobre o "falso" internamento de Pinto da Costa, no Hospital da Luz, "vitima" de um AVC. Esta tomada de posição ocorreu na edição de 19 de Abril.

Em substãncia, diz Henrique Monteiro: a noticia era falsa, não foram cumpridos os protocolos da ética jornalista, instaurou-se um inquérito para apuramento de responsabilidades, já se pediu desculpas às pessoas ofendidas e penalizadas!

Henrique Monteiro revelou-se uma pessoa de bem (eu já o sabia e, portanto, não me surpreendeu), probo e, como jornalista, praticante duma Ética irrepreensível.

Fica aqui, neste modesto blog, o registo de que a Ética jornalística existe e, para os lado de O Expresso está de boa saúde. Quanto ao Público, ainda vou esperar para ver...

JA

Sem comentários: