Digo, desde logo, que detesto a palavra "educação", prefiro-lhe "escola" e acho graça a "instrução".
O simpático latinório ajuda-nos a perceber estes meus estados d'alma em relação a conceitos em relação aos quais, de tão usados, já quase ninguém se atarda neles.
Este meu discorrer vem a "despropósito" da presença da actual Ministra da Educação, na passada quinta-feira, 10 de Abril, na Brandoa (não na mítica dos Gatos Fedorentos...), mas na actual e bonita freguesia da Amadora, para inaugurar uma Feira do Emprego, organizada e promovida pela empresa municipal, Escola Intercultural, das Profissões e do Desporto.
O que quero destacar é:
1- A ausência dos grandes meios de comunicação social. Isto não é sequer uma critica, mas uma constatação;
2- A entrega de diplomas de 12.º ano, a adultos que aproveitaram "As novas oportunidades";
3- A ministra sublinhou a importância das autarquias no sucesso escolar, como agentes fundamentais da comunidade educativa (continuo a não gostar da expressão...) e das empresas (falararam, no acto inaugural, entre outros, o Director de Recursos Humanos da Siemens...);
4- A ministra, sublinhou a importância do Programa, pioneiro na Amadora (único no país...)de Formação Profissional para jovens, entre os 12 e os 15 anos, jovens que tinham abandonado o sistema oficial e obrigatório de ensino.
Hoje, lendo a reportagem da UNICA, sobre a Casa Pia ,percebi, finalmente, o interesse da ministra por este programa: ela foi casapiana, ganso!
E isto faz toda a diferença.
A ausência da comunicação social?...ponham-se no lugar deles: trocariamos uma atoarda, um ribombo, um foguetório do escuteiro Màrio Nogueira da FENPROF por um programa de sucesso, que visa "recuperar" jovens para o sistema de ensino e tirá-los da marginalidade e da deliquência? Claro que não.
Mas este programa de formação profissional, 12 - 15, aprovado pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues, apoiado pelo Ministério, com professores, com curricula validados, teria ido p'ra a frente se, a Senhora Ministra da Educação, não tivesse sido casapiana?
Tenho a certeza que não!
Sempre me vem à cabeça, nestas, como noutras circunstâncias, o meu poema preferido, do sevilhano António Machado:"Caminante, son tus huellas/el camino, y nada más;/caminante, no hay camino,/se hace camino al andar./Al andar se hace camino,/ y al volver la vista atrás/se ve la senda que nunca/se ha de volver a pisar/Caminante, no hay camino,/sino estelas en la mar."
Não se pode ter medo dos caminhos nunca percorridos. O desafio é sempre o mesmo: demandar Indias por haver, sempre, esse é o destino e o desafio estratégico!
JA
domingo, abril 13, 2008
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